Os Cantos de Maldoror estão divididos em seis cantos contendo estrofes redigidas em prosa poética. Este texto singular, que o próprio escritor chama de “incandescente”, gira em torno de um herói maldito, Maldoror, que, desde o primeiro canto, dedica sua carreira ao mal, travando um combate sem tréguas com o Criador, o Homem e ele próprio. Em perpétuo diálogo com o romantismo e o texto antigo – particularmente com Homero –, esta obra é, entretanto, inclassificável, transitando constantemente do registro poético ao épico, antes de desembocar, no sexto canto, na paródia endiabrada de um “pequeno romance de trinta páginas”. Um livro que não se pode resumir em 10 ou 50 linhas, Os Cantos de Maldoror assombram o leitor pela violência verbal e das ações, e tem feito a crítica pensar no parentesco de Lautréamont com o Marquês de Sade e toda a “literatura do mal” anterior e posterior a ele.
Isidore Lucien Ducasse (1846-1870), conhecido pelo pseudônimo literário de Conde de Lautréamont, foi um poeta uruguaio que viveu na França. Sua obra marcou a poética surrealista e foi admirada por André Breton, Louis Aragon e Philippe Soupault, entre outros. Assita a um vídeo sobre essa tradução.
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