Descrição
Como as mulheres têm transformado o mundo e transformado a si mesmas? Essas questões norteiam o presente trabalho, que busca entender como os feminismos, nas últimas quatro décadas, possibilitaram profundas e positivas mudanças na cultura e na sociedade brasileiras. Partindo das narrativas autobiográficas de sete militantes feministas, nascidas entre os anos 1940 e 1950, a autora investiga a maneira como elas abriram novos espaços na esfera pública e na vida política do Brasil, desde os violentos anos da ditadura militar. Mais do que isso, deseja dar visibilidade aos processos de invenção da subjetividade pelos quais puderam afirmar novos modos de existência, mais integrados e libertários. Nessa direção, opera com os conceitos de “estéticas da existência” ou “artes do viver”, “parresia” e “escrita de si” da filosofia de Foucault, assim como com operadores de Deleuze e da teoria feminista pós-estruturalista.
Margareth Rago, é historiadora e professora na Unicamp.
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