Descrição
O esquecimento é tão fundador quanto a memória, à qual não se opõe. E os usos do esquecimento não são jamais neutros. Os textos aqui reunidos, do colóquio ocorrido em Royaumont em 1987, são a ilustração disso. Desde a própria definição da palavra esquecimento aparece a riqueza e a diversidade do que ela recobre. Do que ou de quem pode o esquecimento ser álibi? Como ele é indispensável, por exemplo, na constituição e na continuidade de uma comunidade espiritual? Por que vivemos ainda hoje sob uma herança política que desempenha papel central no esquecimento coletivo e institucional por meio da anistia? É paradoxal considerar o esquecimento como inseparável da transmissão cultural tanto na filosofia como na arte? Qual uso os historiadores, particularmente na época contemporânea, fazem do esquecimento, eles que consideram estar mais relacionados com a memória? Perguntas que reavivam a polêmica, enriquecendo a reflexão sobre os usos do esquecimento.
Yosef Yerushalmi (1932-2009) foi professor de história, cultura e sociedade judaica na Columbia University.
Nicole Loraux (1943-2003), historiadora, foi diretora do departamento de História e Antropologia da École des Hautes Études en Sciences Sociales.
Hans Mommsen (1930-2015), historiador, conhecido pelos estudos na história social alemã e sua interpretação funcionalista do Terceiro Reich.
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