Este livro mostra como a linguagem e as metáforas utilizadas no Brasil sobre a covid-19 – incêndio, avalanche, tsunami, erupção, enchente, furacão – ajudaram a criar uma visão de mundo na qual se destacava o confronto entre a sociedade e um vírus traiçoeiro. O conflito ideológico e identitário entre progressistas e conservadores não foi, contudo, entre uma linguagem não identitária (que representava o vírus como um inimigo) e uma linguagem identitária (que caracterizava os conservadores). A luta contra o vírus esteve ancorada em princípios universalistas, ao passo que o discurso conservador baseou-se em princípios particularistas. O livro procura explicar por que grande parte da população apoiou a gestão da pandemia pelo governo Bolsonaro, sendo que este tentou boicotar de várias maneiras os esforços das autoridades sanitárias para controlar a propagação do vírus.
Heronides Moura é doutor em Linguística pela Unicamp, com pós-doutorado na Sorbonne Nouvelle, França. É professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina e publicou, entre outros, Vamos pensar em metáforas? (2012) e Uma breve história da linguística (2018), em coautoria com Morgana Cambrussi. Foi pesquisador visitante na Austrália em 2020 (James Cook University) e 2022 (Central Queensland University).
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