O que há em comum entre uma peça escrita por Martins Pena em 1842 e uma escrita por Luís Alberto de Abreu mais de um século e meio depois, em 2010? Além de serem, é claro, dois dramaturgos brasileiros, ambos observaram e projetaram a espetacularidade da Folia de Reis em suas obras. Tal percepção criativa, a de conjugar performatividades populares com escrita teatral, tem sido utilizada por autores brasileiros desde que peças começaram a ser redigidas no Brasil. A poética do teatro-folia traz à luz a possibilidade de pensar em tais formalidades cênicas enquanto uma poética brasileira. Trata-se da primeira poética que observa as particularidades da escritura cênica nacional a partir de um parâmetro que se desvencilha de conceitos estrangeiros e demonstra como uma série de peças ganham um novo patamar estético quando analisadas por essa nova ótica.
Larissa de Oliveira Neves é pós-graduada pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde é professora no Departamento de Artes Cênicas do Instituto de Artes (IA). Publicou diversos artigos sobre teatro brasileiro e organizou, com Orna Messer Levin, o livro O Theatro: crônicas de Arthur Azevedo (Editora da Unicamp, 2009).
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