No fim de 1894, Alfred Dreyfus, capitão francês de origem judaica, foi condenado injustamente, pois teria entregado documentos secretos franceses ao Império Alemão. O acontecimento, que ficou conhecido como “Caso Dreyfus”, eletrizou a sociedade francesa a ponto de dar origem a novas palavras: dreyfusard, substantivo e adjetivo, que designa quem defendia sua inocência, e antidreyfusard, para os que o consideravam culpado. Do francês Émile Zola ao brasileiro Rui
Barbosa, o episódio mobilizou personalidades que se posicionaram no debate com artigos, discursos e abaixo-assinados, entre os quais se destaca o “J’Accuse...!” de Zola. Este livro, concebido em forma de perguntas e respostas, desvenda as verdades e as lendas presentes no imaginário sobre o Caso. Mais do que uma narrativa sobre o passado, traz uma reflexão acerca de erros judiciários, fake news, “novo antissemitismo” e a respeito do importante papel da imprensa e da opinião pública. Analisa também o recente filme de Roman Polanski O oficial e o espião (2019).
Alain Pagès é professor emérito de literatura francesa da Universidade Sorbonne-Nouvelle, na França. Especialista da obra de Émile Zola, publicou a correspondência íntima do escritor, tendo recebido o prêmio Sévigné em 2015 pela edição de Lettres à Alexendrine. É autor de diversas obras, entre as quais Une journée dans l’affaire Dreyfus. “J’accuse...” – 13 janvier 1898 (2011) e Zola et le groupe de Médan. Histoire d’un cercle littéraire (2014).
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