Descrição
Cada capítulo revela uma questão diferente e cada um segue o desdobramento de um argumento em vez de uma cronologia estrita. O capítulo 1 demonstra como ideias sobre automatismo e agência ficam agrupadas em intersecção – neste caso, psiquiatria, religião e vida anima. O capítulo 2 examina a capacidade que a quase humanidade tem de percorrer espaço e tempo em determinadas formas semióticas, como fotografias que parecem carregar em si vida própria. O capítulo 3 reflete sobre o fato de a fascinação e a atração evocarem temperamentos diferentes por meio da interação entre espaços específicos de produção e grupos de usuários. O capítulo 4 demonstra que esses temperamentos de agentes são materialmente produzidos e expressos por meio da divulgação de interiores secretos, que, por sua vez, liberam novos tipos de agentes espirituais, os chamados “turcos”. O capítulo 5 finalmente muda de atração para os riscos da agência quase humana ou seus limites necessários ao mostrar que limiares estabelecidos de personalidade confiável têm um domínio específico: o tipo de agência automática que talvez seja desejável em cenas quase religiosas oferece riscos às legais que precisam que agentes responsáveis funcionem. Quais são os problemas decorrentes da transgressão de limites legais de personalidade responsável por projetos de quase humanos realizados no lugar errado? No fim das contas – pelo menos este é meu argumento –, ainda precisamos do limite individual, ou um semelhante, de personalidade confiável em determinados contextos sociais. (da Introdução)
Paul Christopher Johnson é Ph.D. pela Universidade de Chicago e professor da Universidade de Michigan (EUA). Sua área de estudo é a antropologia e a história das religiões no Brasil e no Caribe. É editor da revista Comparative Studies in Society and History (CSSH).