Com A falência, de 1901, Júlia Lopes de Almeida inaugura a integração de nossa literatura ao século XX. Ao dar esse passo na direção dos novos tempos, faz um balanço do que ocorrera até então. Como sugere o título, identifica resultados negativos: o Brasil libertara os escravizados, mas permanecia racista; as mulheres não alcançavam sua emancipação; persistiam a desigualdade social e a hipocrisia moral. Contudo, A falência não é um tratado de economia ou de sociologia, mas um romance muito bem armado. A partir da história de Francisco Teodoro e seus familiares, amigos, amantes e agregados, a autora ilumina e entrecruza suas respectivas trajetórias. Desse tecido bem articulado resulta uma narrativa ágil, que conquista o leitor, ao qual resta apenas a vontade de seguir em frente, para conhecer seus destinos.
Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) teve atuação de relevo na ficção brasileira desde os primeiros anos da República até sua morte. A falência é seu quarto romance. Nele, expõe quadro impressionante da sociedade do período, evidenciando problemas econômicos, morais e étnicos ainda não resolvidos no Brasil da atualidade.
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