Descrição
**PREÇO DE CAPA NÃO DEFINIDO**
Convidado a proferir as prestigiosas Reith Lectures em 1960, o historiador da arte e filósofo Edgar Wind (1900-1971) apresentou à audiência da BBC uma vasta reflexão sobre a arte e as forças anárquicas da imaginação humana. Suas seis conferências, publicadas em 1963 como Arte e anarquia, trataram de questões como a relação entre arte e Estado, a ascensão do formalismo estético, o culto da connoisseurship, a rejeição ao intelecto, a mecanização dos meios expressivos e o engajamento social na comitência artística. O ponto do autor, contudo, era um só: relegadas às margens da experiência humana, as variegadas pulsões artísticas contemporâneas não ofereciam mais risco existencial ao público. Assim, Wind questionava seu público: seria a bonança das artes de então uma política de vida segura?
Edgar Wind (1900-1971), historiador da arte e filósofo oriundo da Alemanha pré-nazista, notabilizou-se por suas intervenções eruditas e originais em teoria estética pós-kantiana, iconologia da Itália renascimental, retratística da Inglaterra iluminista e em crítica da arte moderna. Professor de história da arte da Universidade de Oxford, sua carreira de Wind foi marcada pelas agruras impostas aos pensadores judeus de sua geração. Suas obras tardias, como Arte e anarquia, demonstram tanto o fulgor crítico de um acadêmico avesso a ossificações disciplinares quanto o vasto horizonte de um intelecto forjado pelo trauma diaspórico.